Era o tempo de brincar na rua sem medo de pedófilos ou de ladrões. A televisão resumia-se a dois canais e a emissão não era contínua.
Havia tempo para as notícias, o boletim meteorológico, o programa TV Rural e muitos outros para adultos.
As crianças tinham poucas horas de emissão, mas mesmo assim os desenhos animados e os filmes contribuíam para que fossemos pessoas melhores. Era o tempo da "Animação", do franjinhas, da Heidi, dos pequenos vagabundos, do Bonanza, da casa na pradaria e de outros.
Assim, havia tempo para muita brincadeira, para ler os livros, que só me chegavam via biblioteca itinerante da Gulbenkian, para os trabalhos de casa, para ver os "meninos rabinos" e para o resto que era tudo o que faz a vida de uma criança em família.
Aos olhos de uma criança de hoje a minha vida era simplesmente desinteressante.
Para mim este foi o tempo de viver sem pensar, apenas viver. São muitas as histórias que guardo deste tempo de vida que mais tarde, em adolescente, apelidei de "paravalheira".
A idade deu-me para relembrar algumas destas histórias. As melhores, porque da vida devemos relembrar o melhor e por mais estranhas que lhe pareçam estas histórias, "ora elas são coisas da vida..."
2 comentários:
Tá lindo o teu blog. Não saio mais daqui.
Obrigada Pitanga!
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